segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A gente só queria um amor...


Deus sabe que o que eu quis sempre foi amor.
Que só precisava de um hálito quente e abraços macios e fortes. De colo e chocolate branco. E presença, daquelas que não deixam a desejar, completas.
Eu só queria era escrever coisas e enviar a alguém, mesmo que para morrer de arrependimento logo depois. Enviar coisas a você, o meu alguém...
E me expor, até o último fio de cabelo, em nome dessa minha parte tão sensível que cisma em amar com tanta urgência.
Ele sabe, sabe que eu sou bem mais, que esses fios de cabelo castanho escuro cacheados e que não escolheria escrever se pudesse sentir diretamente. Mas não. Eu ainda não aprendi a sentir sem etapas, num gole só.
 Sempre soube disfarçar, que é para não machucar muito. Mas por trás desse meu silêncio há um canto desesperado, uma fraqueza que esse ar frio não deixa ninguém ouvir. Porque isso congela tudo, por fora e por dentro.
Mas tudo o que eu queria era mãos dadas. Alguém que soubesse ser. Que me fizesse gostar disso. Me deixasse bamba. Com flores em Agosto e sorrisos de presente. Além de um Setembro mais doce e aquela falta de ar na Primavera. Sem vergonha nenhuma, mas com vontade. Com uma vontade imensa de ter, fazer, pensar amor.  Sabendo que amor é amor e chega de conversa.
O que eu queria era um natal com muito vermelho e a esperança de uma coisa boa acontecer.
Tudo o que eu quis, Deus sabe, sempre foi amor.




Nenhum comentário:

Postar um comentário