quinta-feira, 21 de maio de 2015

Decisões, a difícil decisão de sair de casa.



Antes, digamos que há uns dois anos atrás, eu pensava que quando eu estivesse no último ano do ensino médio, tudo seria mais tranquilo. Iludida eu estava. Eu achava que acabaria o ano e no ano seguinte – 2015 – eu entraria na faculdade e partiria sem rumo e sem medo. Nossa quem me dera fosse fácil, fácil como eu pensava que seria quando eu tinha 16 aninhos. Nossa, tudo passou tão rápido... Não consigo nem mais ter noção do tempo. Fecho os olhos e já é noite, me divirto e já é dia. Durmo e passaram-se dias, meses, anos e a vida. Fico pensando se conseguirei deixar meus pais para trás, eles já não são mais os mesmos de 5 anos atrás, eu já não sou mais a mesma. A velhice chega para todos, e nós nos damos conta tarde demais. Eu cresci e amadureci tão rápido que nem me dei conta. Parece que era ontem que eu brincava na rua até tarde, que pulava corda, jogava amarelinha, eita infância boa. É lamentável saber que minha irmã mais nova e meus sobrinhos já não gozarão da mesma infância que eu. É lamentável saber que sentimentos, amores, momentos, não são eternos... Com 19 anos não sei nada da vida, como diria Kid Abelha “Nada sei dessa vida, vivo sem saber...”. Sei que por ser um ano de decisões importantes, está sendo um ano difícil. Ano passado foi um ano difícil pra falar a verdade. Preciso pensar, refletir quais serão os meus próximos passos, que os caminhos sejam estreitos, mas que os passos não sejam em falso. Só peço que eu não perca a fé no amor e eu saiba exatamente como ir adiante. Porque antes o que parecia ser uma decisão simples, hoje já não é tão simples assim. 

Um pouco de Clarice...






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"Quando não estou escrevendo, eu simplesmente não sei como se escreve. E se não soasse infantil e falsa a pergunta das mais sinceras, eu escolheria um amigo escritor e lhe perguntaria: como é que se escreve? Por que, realmente, como é que se escreve? que é que se diz? e como dizer? e como é que se começa? e que é que se faz com o papel em branco nos defrontando tranquilo? Sei que a resposta, por mais que intrigue, é a única: escrevendo. Sou a pessoa que mais se surpreende de escrever. E ainda não me habituei a que me chamem de escritora. Porque, fora das horas em que escrevo, não sei absolutamente escrever. Será que escrever não é um ofício? Não há aprendizagem, então? O que é? Só me considerarei escritora no dia em que eu disser: sei como se escreve."
 A descoberta do mundo/1984

"Eu disse uma vez que escrever é uma maldição. Não me lembro por que exatamente eu o disse, e com sinceridade. Hoje repito: é uma maldição, mas uma maldição que salva.
Não estou me referindo muito a escrever para jornal. Mas escrever aquilo que eventualmente pode se transformar num conto ou num romance. É uma maldição porque obriga e arrasta como um vício penoso do qual é quase impossível se livrar, pois nada o substitui. E é uma salvação.
Salva a alma presa, salva a pessoa que se sente inútil, salva o dia que se vive e que nunca se entende a menos que se escreva. Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada. Que pena que só sei escrever quando espontaneamente a "coisa" vem. Fico assim à mercê do tempo. E, entre um verdadeiro escrever e outro, podem-se passar anos. Lembro-me agora com saudade da dor de escrever livros."
Crônicas Aprendendo a viver/1968

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Ex- namorado/s, términos e blábláblá



É nascer sozinha, depois de morrer á dois.
Sempre curti demais essa frase, pelo simples fato de me descrever.
É exatamente isso, é muito difícil seguir adiante depois que terminamos um relacionamento. 
Fico perplexa quando vejo conhecidos terminando relacionamentos e na outra semana já estarem namorando novamente. De verdade, pra mim isso é carência, medo de ficar sozinho(a); e o que precisamos na verdade é ficarmos sozinhos, trabalharmos o amor próprio, tiramos um tempo para amarmos a nós mesmo. Inclusive, estou num relacionamento duradouro de um ano comigo, não vou dizer que não há crises, porque tem dias que nem eu mesmo me suporto. 
Quando terminamos um relacionamento, seja por vontade de um só, ou vontade dos dois, sempre carregamos uma mala junto conosco. Mala com lembranças, momentos, beijos, coisas que somente os dois faziam juntos, sim, é assim mesmo. Eu namorei três anos e é exatamente assim que funciona.
Quando a gente ama, a gente tolera, perdoa, passa por cima. O amor nos deixa tão cego, que quando nos damos conta, estamos sendo totalmente insanos, sem percebermos. Eu demorei muito pra entender o quanto eu doava demais, o quanto eu sofria sem necessidade. Por favor, queridos, leiam isso com atenção! Se não está mais sendo saudável para ambos, terminem. Vai doer? Vai 
Mas a longo prazo trará resultados.  Sempre bato nessa tecla. 
O mundo está cheio de pessoas incríveis, legais, dispostas a conhecer outras pessoas assim. Não vou dizer que você vai acabar o namoro e vai surgir milhões de pessoas querendo te conhecer e tals.
Em algumas exceções, isso acontece sim, (não é o meu caso, mas enfim)... Aliás, garotos cadê vocês, sim, estou solteira faz um ano. Acho que toda experiência vale, quando você passa por um desilusão amorosa. Eu amadureci muito, desde o meu último namoro, então hoje eu digo que se eu me relacionasse novamente eu faria tudo diferente sim. Não vou dizer também que seria cem por cento, porque não seria, mas eu evitaria muita fadiga, muitas coisas desnecessárias. E quando saímos de um relacionamento, achamos que nunca vamos achar outra pessoa tão boa, quanto achávamos que fulano era pra gente, saímos meio desajustados, sem saber como flertar novamente, sem saber como a coisa toda funciona. Ficar solteira/o dá trabalho... Mas seguir adiante com uma coisa que nos faz mais mal do que bem, dá mais trabalho ainda. Outra coisa, não sugiro tentar serem amigos logo no início do término, porque aproximação vira recaída, recaída vira namoro novamente e depois d.r. E com figurinha repetida, nenhum álbum se completa. Então, chore tudo que tem pra chorar, que leve uma semana, um mês, um ano, mas chore, coloque pra fora, é comum essa bad pós término. Eu emagreci uns cinco quilos só no primeiro mês. Preciso fazer isso novamente, talvez consiga emagrecer de novo. Estou brincando, mas é sério, eu não comia, aliás eu não sentia fome, eu fiquei bem pra baixo mesmo. Depois ainda tentamos voltar, mas ninguém consegue colar um copo de vidro quebrado, e eu estava assim. Tudo era motivo pra querer jogar na cara todo o sofrimento anterior, todas as brigas, problemas, a traição, pois é a traição. As lembranças dos momentos bons já não eram mais frescas na minha memória, elas apareciam agora apenas como flashes, pois as lembranças ruins tornaram-se constantes. Não foi culpa só dele, eu também tive a minha parcela de culpa. E não conseguimos manter ou criar uma amizade, no início ele ainda gostava de mim, eu era carente, então não prestou. E não vale á pena gente, pense assim ''eu gostaria que meu namorado tivesse amizade com a ex dele'', se a resposta for sim, tudo bem boa sorte, mas caso contrário. Não é o meu caso e o do meu ex, porque nenhum dos dois namoram. Mas mesmo assim, não dá certo ser amigo de ex, claro que se eu o vir na rua, eu cumprimento, mas sair junto na mesma galera, não dá né. Já é desconcertante encontrar os amigos dele nas mesmas festas, imagina irmos todos juntos. Não é questão de ainda haver sentimentos, mas é questão de respeito ao amor próprio do outro. Enfim, é relativamente complicado, sempre será delicado encontrar com ex, independente da circunstância. Então, ocupe seu tempo, se dedique em algo que realmente goste de fazer, curta, saia com as amigas, dance, sorria, se sinta bem com o seu corpo, se sinta bonita por dentro e por fora, porque isso faz toda a diferença. Se olhe mais no espelho e lhe diga mais vezes o quanto você realmente é linda. O quanto o seu sorriso faz bem pras pessoas ao seu redor e você nem sabe. 
Chega desse blábláblá, concluindo, só quero dizer que se não é mais tão recíproco quanto antes, não fique adiando o fim, dê fim ao sofrimento. E anteceda a sua felicidade.
A vida é muito curta para ser pequena. Benjamin Disraeli